sábado, 30 de maio de 2009

Cotidiano

Sem vontade nenhuma de falar, sem pensamentos. Meus últimos dias tem sido bem diferentes. Isso porque no trabalho todos os dias tem coisas novas. Saí da mesmice. O ambiente do trabalho exige paciência e muita humildade. Tem horas que tudo que eu queria era poder gritar. Trabalhar é muito bom, você se sente útil, porém como tudo na vida tem seus altos e baixos... as pessoas ao meu redor são legais, embora tenham alguns pontos que eu certamente não admiro.
A gente finge que está tudo bem o tempo todo, você precisa ser educado sempre e quando você precisa lidar com clientes, aí o bicho pega. Um dia um senhor foi lá e incucou de fazer uma estampa enorme na altura do peito da camisa, do lado do bolso. Nos padrões fica horrível, mas ele insitiu e teimou que ficaria legal, resultado? Ficou um lixo. Problema é dele. Meu chefe é um cara até paciente, ele me ensina o funcionamento de tudo e tals, mas quando eu impaco ele fica super estressado. De qualquer forma eu acho que estou aprendendo tudo muito bem. A máquina de impressão digital é complexa demais, é um trambolho enorme, difícil é saber como conciliar a arte da estampa com o local desejado na camiseta. Putz! Isso é pura matemática, eu fiz uma estampa pra um cliente e ficou praticamente enorme...srrsrsrs. Segunda-feira eu vou ouvir, ou não...rsrs.
Pois então, minha vida está assim, agitada, não tenho do que reclamar. Chego em casa, vou jantar, tomo banho e vou dormir. Sempre assim. No mais o que mais me incomoda é a solidão e a saudade.
Saudade de coisas que eu nem sei o que de fato possam ser, saudades de amores que não vivi, saudades e mais saudades o tempo todo. Minha viagem foi agendada para setembro. Parece que está tudo encaminhado, espero que dê certo, acho que isso pode de fato mudar ainda mais a minha vida.
Os finais de semana hoje me são valiosos ao extremo, poder dormir sabendo que não vou precisar pegar ônibus é magnífico. Eu preciso mesmo é de um carro, nem que eu fique mil anos nos engarrafamentos, mas na boa, andar de ônibus é um saco! Então, eu só queria depositar um pouco dos últimos dias. Até logo.

sábado, 16 de maio de 2009

Aprendendo...

E a vida se mostrou tão linda na minha infância mágica e divertida. Onde eu imaginava mundos e desenhava coisas fora dos padrões de uma criança 100% normal. Sempre sonhando com uma casa na árvore onde eu pudesse passar boa parte dos meus dias, (e eu construí mais de uma). Brinquei muito, pique-esconde, pique-alto, pique-pega e todos os piques que existem, festinhas... eu fui uma criança realizada graças a Deus.
Porém na adolescência a vida me reservou atrações bem menos divertidas. Eu me isolei num quarto, onde de lá as únicas criações vindas de mim, começaram a perder tudo aquilo que eu chamava de "vivo". Traumas que hoje fazem o que eu sou hoje, os erros dos meus pais cairam com tudo encima de mim, e eu tive que ser forte. Aos 15 anos de idade eu e meu irmão de 16 fomos embora de casa. Estávamos cansados das opressões do meu padastro, ele nos maltratou muito, acho que ele foi a pessoa mais cruel que eu pude conhecer.
E então fomos embora, e minha avó passou a nos ajudar, pagava praticamente tudo. Até que meu irmão começou a trabalhar. E minha mãe? Ela não fez muita coisa, ela nos viu indo embora, a situação em casa já não tinha controle, só faltava meu padastro nos matar, porque indiretas e agressões verbais ele já fazia.
Eu nem julgo minha mãe, a coitada estava completamente perdida, dependia do marido, e tinha uma filha pequena dele. Mas eu ainda no fundo digo tudo isso, para amenizar a dor de saber que minha mãe nunca fez muita coisa por nós. Eu sei que ela pagou e pagará sempre por isso, mas eu não a condeno, nem jogo nada na cara dela, apenas me mantenho no silêncio.
Sim, depois de passar 3 anos e meio com o meu irmão, que é uma pessoa muito difícil de conviver, e muito preguiçosa, eu fui morar com a minha avó. E aqui eu permaneço até hoje, não posso reclamar, pois aqui eu sou uma pessoa sem pertubações.
Eu sei que nessa curta jornada de vida eu acumulei tantas coisas, coisas boas e ruins. Aprendi demais, creio que amadureci uns 10 anos. Eu não posso dizer que ainda vejo o mundo com os olhos de uma criança, mas eu também não sou tão amargo quanto eu imaginava.
Acredito que nós passamos por diversas situações, para que possamos aprender a viver, porque a vida é linda, porém não é simples. Possui diversas situações e se você não aprender, você certamente ficará para trás. As coisas acontecem por partes, não adianta a gente se descabelar porque até hoje nada de bom lhe aconteceu. Eu fiquei desacreditado um bom tempo, sufocando meus sonhos, e achando que eu nunca sairia do mesmo nível. Mas outra coisa eu aprendi, aprendi que todos os nossos sonhos e desejos se tornam reais apartir do momento que você os nutre do fundo do seu coração, quando o seu desejo ultrapassa as barreiras do que é ou não possível.
E é claro nossos sonhos não batem na nossa porta, isso é importantíssimo. As oportunidades aparecem e você deve se jogar encima delas, numa tentativa desesperada de não perder a chance.
Aprendi que amor dos outros nunca é o principal. Acho que o principal sempre é você, e isso nem é ser egoísta ou egocêntrico. Eu acho que deve haver momentos onde você deve se amar, onde você se presenteia, onde você se faça feliz. Depender sua felicidade em um pseudo amor, não é um bom caminho. Existem pessoas que vivem disso, e é uma grande limitação. Pessoas que valem a pena aparecem , seja hoje ou amanhã. Então espere, não fique na amargura também, beije, faça outras coisas se quiser, mas limitar a vida em amores que não dão certo... é coisa de gente burra, desculpem, mas é sim.
E como tempo pra mim vale muito, pulo tudo aquilo que eu sei que nao vai dar certo logo no início. Sim, vocês prestem atenção, relacionamentos dão indícios de que vai ou não dar certo no início, fica a dica. Viu que não vai dar certo? Beijinho doce (risos) e cai fora. É a melhor coisa a se fazer, e ficar na borda, olha...é o ideal. Você nem ta quente, nem ta frio, ta no ponto!
Eu estava estudando filosofia quando li isso, prestem atenção no trecho a seguir:

"A virtude do sábio depende do viver de acordo com a natureza e a razão, e da eliminação das paixões, aceitando com imparcialidade o seu destino."
PALMAS!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Watchmen em minha vida


Eu estava como sempre lamuriando pelos cantos. Reclamando dos dias serem sempre absolutamente iguais, quando resolvi fazer um cadastro do site dos Cinemas Severiano Ribeiro. Fiz o cadastro e participei das promoções.
Participei de algumas, uma do filme Watchmen e outra do Presságio. Pois bem, eu fiz lá um frase e saí pensando, "Não, acho que não ganhei." O resultado saiu semana passada e meu nome estava lá estampado e gritando, "Isso é pra você parar de dizer que não tem sorte." Durante toda a minha vida eu sempre ouvi aqui e ali sobre as histórias em quadrinhos Watchmen, mas nunca dei bola. Super Heróis nem sempre me fascinam, exceto o Batman, o Daredevil, Wolverine e o fodão do Homem Aranha.
Enfim, eu até gosto bastante (risos). Eu nem havia visto o filme no cinema. Respondi a pergunta da promoção e não é que eu ganhei? Eu estou impressionado. Depois disso eu fui assistir o filme e baixei as histórias em quadrinho. É simplesmente idêntico, as cenas são muito iguais aos dos quadrinhos, os personagens...TUDO. Uma adaptação digna e o filme é simplesmente incrível. Eu nunca vi na vida personagens como esses, não quando se trata do tema "Super Herói", eles não são idealizados, eles são "reais", pessoas com traumas, pessoas fracas, pessoas comuns. O filme, os quadrinhos, enfim, são de uma complexidade psicólogica incrível, todos os personagens estão envoltos a uma névoa densa. O filme se passa na época da Guerra Fria, onde todos vivem assombrados pela guerra nuclear. Personagens como Dr. Manhattan mostram como os norte americanos gostam de brincar com a idéia de serem os maiorais. Esse personagem é o que eu chamo de um "Deus" sonso. Sério ele era um físico comum, e depois de um acidente clichê, onde ele aparentemente teria morrido, ele surge com poderes descomunais. Enfim o filme é complexo e longo, são 2 horas e 33 minutos se não me engano. Mas vale a pena. Não vou fazer uma resenha sobre o filme, virou moda falar dele em blogs. Eu só quero falar também do verdadeiro herói do filme que é o pertubado, traumatizado e sombrio...Rorschach. Ele não tem poderes extraordinários, ele é bom pra matar, mas não solta têias, raios e coisas do tipo. Se todos parecem reais, ele então... fiz até uma frase após ter feito uma análise do filme enquanto assistia.

"...porque um verdadeiro herói não corrompe os fatos e nem dorme diante de injustiças."

Bem, vocês devem estar se perguntando o que eu ganhei afinal. Eu ganhei simplesmente isso...
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