sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amy Lee


Me lembra um sonho, uma alucinação. "Uma chave que é guardada com muito esmero, um coração vigiado dia e noite. Faça o impossível pra me destrancar por dentro, embora com marcas eternas , eu sei que essa abstinência não poderá durar pra sempre..." Eu sempre busco inspiração naquilo que me fascina intensamente. A Amy Lee me é uma fonte extensa de inspirações. Enfim, eu curto bastante esse jeito meio sombrio e romântico que ela compõe. Anyway, eu já havia postado aqui, mas era só pra hospedar essa imagem, porque eu queria mostrar pra ela pelo Twitter. Se ela ver e responder seria uma honra. Enfim, era só pra dar uma palavrinha. Tudo normal, tudo ótimo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MEDONHO


"Meu nome é Sophia Forbullesca. Era noite quando eu o vi pela primeira vez na cidade de Neffesturian. Misterioso, esquisito...desses que a escola inteira evita. Sempre usando um capuz lhe cobrindo a cabeça, os seus olhos profundos e com olheiras que evidenciam que ele não dorme bem há anos. Eu sinceramente jamais tive coragem de sentar do lado dele durantes as aulas, principalmente nas de educação artística. Sim, era nas aulas de artes que ele mais me assustava. Com aqueles olhos estranhos, sussurrando palavras enquanto rabiscava no papel. Mas foi na aula de Biologia que eu tive coragem de pronunciar um simples "Oi". Ele lançou um olhar fulminante para mim, seus olhos eram dotados de algo que eu não sei explicar. Me arrependi no mesmo momento, girei nos calcanhares e saí perturbada pelos corredores. Eu também não era muito aceita na escola, assim como ele era isolada e excepcional, porém eu lutava contra meu péssimo hábito de falar com borboletas, pássaros e todas as criaturas aladas que se possa imaginar. Uma vez eu estava no intervalo lendo um livro, quando várias borboletas me cercaram alvoroçadas. Então eu disse à elas que as sálvias já haviam desabroxado no jardim da praça. Em seguida saíram todas voando em disparada. A escola inteira me evita desde então e pensam que me insultam me chamando de borboletário. Ainda bem que os pássaros são mais discretos quando querem falar comigo, graças a eles eu comecei a entendê-lo..."( Sophia )


"Em casa eu vivo a maior parte do tempo dentro do meu quarto, ouvindo música, desenhando ou criando qualquer coisa. Minha irmã, a Doroti, insiste em atrair problemas para mim. A última vez que ela caiu quando eu estava limpando o piso da cozinha, me rendeu dois murros do meu padastro. Sim, o meu padastro frequentemente me ameaça e me espanca. Minha mãe está sempre ocupada num ateliê de costura e nunca fez nada realmente plausível para me defender. Então eu aprendi a me cuidar sozinho. Há muito tempo eu planejo me livrar de tudo isso e ser livre em algum lugar, e esse lugar definitivamente é a Floresta das Sombras. Ela é uma floresta que fica nas redondezas. Eu sei que nela vivem as almas que cometem suicídio e nela existe um mundo paralelo realmente incrível. Porém eu teria que por um fim nesse meu projeto de vida. Meu padastro insiste que eu devo ser internado num hospício. Sou obrigado a fazer todos os afazeres domésticos enquanto minha mãe dá duro no ateliê. Uma vez eu pedi pra ela que fizesse um casaco que eu havia desenhado, e então ela fez e me deu de presente no dia do meu aniversário. Embora minha mãe fosse ausente, eu sinto que no fundo ela tinha um pingo de compaixão.
Eu gosto tanto desse casaco, ele possui um capuz que deixa meu rosto oculto na escuridão. Durante todo o ano letivo eu dediquei as aulas de educação artística ao meu incrível plano suícida, as pessoas nunca me entendem. A professora apavorada sempre chama minha mãe para uma conversa, mas ela nunca foi em uma reunião escolar, eu nunca tive a glória de ver o meu boletim. Na escola todos me chamam de Medondo. "Olhem, o Medonho está chegando...Cuidado! O Medonho está te encarando..." Coisas do tipo, na verdade isso nunca me aborrece, aliás adoro esse pseudônimo que as pessoas usam para se referir a minha pessoa. Meu nome verdadeiro é Petrônio Dongarttês e só minha mãe me chama assim..."Petrônio vai lavar a louça. Petrônio vai dar banho em sua irmã". Eu sei que meu plano foi interrompindo, desde que aquela garota infernal passou a pedir para os pássaros roubarem os meus rascunhos fúnebres. Ela pensa que eu não sei..." ( Medonho)

"A Floresta das Sombras é um ASSOMBRO e eu adoro quando os corvos me convidam para conhecer seus mistérios..." ( Sophia )


"Eu sei que escuto vozes quando caminho por entre as folhas secas. Eu só preciso fazer uma conexão...eu não consigo entender a linguagem desse livro..."
( Medonho )



OBS: São fragmentos do conto que eu escrevo e ilustro. Essa estória martela na minha cabeça há um bom tempo. Então de tempos em tempos eu acrescento algo e modifico tentando melhorá-la. Reúne tudo aquilo que eu admiro na literatura, no cinema e na arte em geral. É tudo sombrio, misterioso, dramático e repleto de aventuras fantásticas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

No papel em branco novamente


Os dias foram passando desde os últimos e marcantes acontecimentos. Eu fechei meu livro e na veradade vivi momentos sem emoções. Nem ódio, nem remorso, nem falso contentamento. Eu apenas me mantive em pé.
Eu não vou ficar remoendo feridas, até porque isso não me atrai. O que passou já foi, não vai voltar. Também cansei de dramatizar meus dias. Entao creio que hojem além de ser mais forte sou mais otimista.
Estou em casa me divertindo à minha maneira, entregando currículos apenas pra dizer que eu não estou atôa. Na verdade eu gostaria de ficar away uns 3 meses, até começar a fazer faculdade, mas isso só no ano que vem.
Tempos onde eu tenho pensando em mim, pensando no que eu pretendo fazer. Eu voltei pra estaca zero, eu voltei para os rabiscos em qualquer lugar. Hmmm...e eu só tenho mesmo rascunhos um tanto mal feitos, mas eu nem tenho pressa. Nesses dias eu vejos as mínimas coisas, os mínimos detalhes e tenho refletido isso nos meus desenhos que estão muito chatos de fazer..(rsrs). Eu demoro dias porque são detalhes demais, eu creio que eu evoluí bastante e quem desenha sabe que cada novo desenho é uma superação. Ainda to fraquinho fraquinho, mas é assim mesmo, acho que perfeição mesmo eu nunca vou alcançar.
Cabeça erguida, um mundo vasto pela frente, vamos cair nele? Como folhas ao vento, ou melhor, como penas no ar...caindo levemente...vamos construir tudo de novo, do zero mesmo. Vamos sonhar pra sempre...e eu sou feito de amor e sem amar eu quebro...porque eu sou feito de sonhos e sem sonhar eu morro.

OBS: Esse desenho é um presente para uma amiga, eu usei elementos que ela me pediu, o panda voador foi idéia dela. Deu trabalho, ele é tão detalhado que tem mensagens ocultas.