sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mais uma reflexão da minha mente

Tantos dias se passaram. Tantos mesmo e aqui jaz um enorme silêncio. Talvez pela correria, pela falta de vontade de me expressar. O mundo continua girando e girando. Passou o Rock in Rio, nenhum registro, passou meu aniversário, nenhum registro.

Estou em dezembro, e logo começaremos tudo outra vez. Que bom! A cada dia que passa acho que viver vale muito a pena. Como não acredito em vida após a morte, para mim, esse tema soa bem melhor na fantasia, acabo acreditando que viver, respirar, pensar, PENSAR, ter uma mente é algo valioso. Talvez seja inacreditável que alguém que escreva sobre vida após a morte, não acredite na expansão da vida no outro lado. Eu encaro isso como fantasia, é como sair um pouco do mundo real.

Eu já vi muitas pessoas morrerem, perdendo a vida, assim...fácil...de todas elas a da minha avó é a que mais mexe comigo. Muito embora eu saiba que ela tinha uma certa "relação" com a morte, e mesmo que eu saiba que ela morreu tranquila, satisfeita, no famoso "em paz", eu ainda vejo tudo isso de forma muito negativa. Porque para mim morrer não é a melhor coisa que pode acontecer com alguém.

Talvez eu precise evoluir um pouco para encarar a morte como algo simples e natural. Se vivermos pensando nisso, certamente não viveremos, e o que mais eu temo é pensar que um dia pessoas que eu amo muito irão morrer, amigos, familiares, e EU mesmo. Um dia eu também cairei no silêncio profundo. Com certeza eu não sou o único, sou um ser humano que tem em si uma necessidade de perpetuar na vida, de evoluir a mente, de VIVER. Porque é como diz uma música do Evanescence: "Embora doa, não é maravilhoso poder sentir?"

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Kallicia



Meu nome é Kallicia e sempre estive nas profundezas, onde a luz do sol pouco consegue penetrar. Sozinha, não sei de onde vim, só sei que existo porque o fôlego de vida está em mim. Aqui, onde as criaturas são tão belas e misteriosas aos olhos, me pego observando com curiosidade o mundo que me cerca, aqui embaixo e lá encima.
Eu sou livre aqui — sempre fui — desbravando os oceanos, mas com um enorme vazio em meu peito. Eu sinto bem aqui, no meio do tórax, um aperto...as vezes eu subia à superfície apenas para observar o céu azul e as ilhas.
Tudo o que eu sei é natural, ninguém me contou, eu só tenho contato com animais marinhos e o que eles me ensinaram diz respeito a cooperação em grupo e a sobrevivência apenas. Eu sou uma espécie única, nunca me deparei com nada semelhante.
Moro num navio naufragado e lá estou segura. Os monstros marinhos não podem me alcançar e tampouco me desejam como presa. No convés do navio existem cabines que eu enfeitei com algas, existem objetos que eu não sei pra quê funcionam. Porém há algo que pra mim é um tesouro, um artefato mágico. Eu consigo me enxergar diante dele e tudo o que está ao meu redor. O espelho.
Em virtude da escuridão aqui embaixo, apenas quando o sol desperta que eu consigo encará-lo. E graças a ele pude notar que eu sou dotada de uma natureza nunca vista por nenhum ser vivo. Sou uma mulher do abdômen pra cima, e ao invés das pernas tenho a estrutura física de uma água viva. A epiderme transparante, pela qual é possível enxergar a mesogleia e a cavidade gastrovascular, mais abaixo se encontram os meus incríveis tentáculos, os quais eu uso como arma de defesa e caça. Me alimento de peixes e animais de porte pequeno, uso minhas unhas para dilacerá-los, mas calma, não sou uma criatura assustadora, muito pelo contrário, sou dotada de uma beleza inigualável e noto que encanto os seres lá de cima, sim, os humanos. Já me aventurei algumas vezes na superfície.

Eu vivo em algum lugar do Oceano Atlântico, perto do Brasil, onde a temperatura das águas não são tão frias. Jamais me aventuro em águas muito frias.
Enfim, foi numa manhã majestosa que eu descobri algo que até então eu nunca havia experimentado. Era mais um dia em que estava cansada do silêncio. Era muito cedo e a praia não estava repleta de seres humanos.
Sempre gostei das praias do litoral brasileiro, as pessoas são dotadas de um brilho especial e no Rio de Janeiro, eu gostava de admirar o quão as pessoas são belas. Um homem caminhava a ermo, sozinho, cabeça baixa, pensativo. Timidamente eu o olhava de longe, as ondas do mar me ocultando de seus olhos. Algo nele me atraía de forma sobrenatural, não sei se foi justamente a qualidade de estar só...dessa vez não fui eu a feiticeira, ele é quem me fisgou e eu fui de encontro a praia. Apenas nadei, a parte superior do meu corpo a mostra, meus longos cabelos verdes grudados no rosto, as brânquias em meu pescoço implorando por água, fui sem rumo.
Quando notei que estava perto demais, resolvi falar com o ser humano.

— Olá ser errante, por que tão compenetrado em seus pensamentos, por que me fascinas? — perguntei em alto e bom som.

O homem levantou a cabeça, os cabelos esvoaçando ao vento e me encarou incrédulo. Não piscou, não falou, apenas abriu a boca. Não me respondeu, ficou me olhando com cara de peixe morto. Dessa forma perguntei mais uma vez:

— Você pode me entender ser humano?

Os olhos dele se arregalaram e eu pude entender que não, ele não me entendia. Isso não me intimidou e eu segui em frente, inocente igual uma baleia. As ondas me empurravam cada vez mais, e logo eu estava presa na areia branquíssima, à mostra, viva e incrivelmente bela aos olhos de qualquer um. O homem estava atônito, perdido, não ousou se aproximar e então eu gritei:

— Ei você, se aproxime...

Ele continuou sem demonstrar que entendia a minha língua. Mas veio devagarzinho, esfregando os dedos nos olhos.

— Não acredito no que vejo, é um sonho? — perguntou sem acreditar diante da minha imagem. Você realmente é quem eu estou enxergando? — continuou boquiaberto.

— Eu sou algo que existe no mundo e que não conhece o próprio passado — respondi de imediato. Estou absurdamente encantada por você, noto que agora, aonde me encontro, estou fadada a secar ao sol, apenas pela curiosidade e desejo de estar mais perto de você — continuei olhando fundo nos olhos daquele nobre ser humano.

Pela expressão do rosto dele e pela resposta, noto que agora ele me entendia.

— Você fala minha língua agora, antes tudo o que eu pude ouvir foram sons que mais pareciam notas musicas. Você precisa voltar para a água, você vai morrer aqui — o homem demonstrou genuína preocupação.

Aos poucos eu notei que a minha pele estava seca e que minha respiração estava arfante. Não sentia dor, eu só queria estar ali olhando pra ele até morrer.

— Me mostre o mundo que eu não pude ver, me tire da solidão profunda, me conte histórias e me faça entender o meu passado. Eu sei que existe alguma conexão entre mim e você, eu sinto isso aqui em meu peito — a minha voz já estava baixinha e as palavras eram pronunciadas com dificuldade.

Dos olhos do homem brotaram lágrimas que escorreram copiosamente pelo seu rosto, confesso que isso me deixou ainda mais surpresa e emocionada.

— Eu preciso te ajudar a sair daqui, você não pode ficar nenhum segundo mais respirando o ar da atmosfera. Você vai morrer, deixe-me ajudá-la a voltar ao mar — enxugando as lágrimas ele se aproximou de mim.

Foi então que eu pude observar seus belos olhos mais de perto, e algo me era familiar. Ergui minha mão e toquei-lhe o rosto, apenas observando sem falar nenhuma palavra. Foi quando ele me tocou de volta que eu me senti a pior das criaturas...

O simples toque dele em meu corpo fez com que sua mão queimasse, em reposta ele gritou, mas não desistiu de tentar me arrastar de volta ao mar aberto.

— Não me toque, não me importo de morrer ao sol — minha voz soou como um suspiro.
Eu estava encalhada na areia, como um mamífero marinho de grande porte. Melancolicamente indefesa sobre os raios ultra — violetas.

— Mas eu preciso tirá-la daqui e não tente me deter — o homem tirou a camisa e a enrolou sobre as mãos, em seguida começou a me puxar pelos braços.

De cabeça erguida eu continuava observando suas feições rigidamente preocupadas. Me fez sentir algo que eu nunca tinha sentido antes, a minha contínua solidão se fora e eu estava no melhor dia da minha existência. Em contato com a água novamente, eu pude respirar um pouco melhor.

— Não me faça voltar ao silêncio profundo, me deixe aqui, não me importo de morrer — falei com lágrimas nos olhos. Eu estive muito tempo sozinha nadando pelos mares, tentando encontrar vestígios do meu passado, minha origem não está nas profundezas...eu sei — continuei olhando-o profundamente em seus olhos escuros.

Logo a praia estava abarrotada de seres humanos, todos olhando, apontando, gritando: "Meu Deus, que diabos é aquilo?"; "É uma sereia!"; "Sangue de Jesus tem poder!", "Ajudem a moça!".

Me desculpe, mas eu não sei nada sobre você e sobre o seu passado, e eu não posso permitir que você morra aqui ou que esteja a mercê da ganância humana. Volte para o oceano. Seja livre — ele já não falava, gritava.

Eu abaixei a cabeça conformada e então eu me fiz entender.

— Eu não quero ser livre, eu cansei de falar sozinha no escuro, eu cansei de saber de inúmeras coisas sobre as profundezas e a superfície e mesmo assim não saber nada ao meu respeito. Eu sei que a chave do meu passado está com você. Devolva-me.


O homem se assustou, olhou para trás, aonde as pessoas observavam nosso diálogo incrédulas, vários olhos arregalados olhando para mim. O homem se aproximou e falou baixinho em meu ouvido:

— Vá, prometo contar toda a verdade sobre você outro dia e em segurança — os olhos brilhavam e eu podia sentir as emanações de seu coração. Eu já sabia que um dia iria acontecer, não posso privar você disso — o homem continuou demonstrando enorme pesar.

Com aquela resposta eu me enchi de alegria, um sentimento de enormes proporções invadiu meu peito e me fez sentir algo que eu nunca senti antes. Eu sabia que tinha algo de especial naquele homem e havia uma conexão paranormal entre nós.

— Quando eu poderei vê-lo novamente? — perguntei sorridente.

— Eu vou ao seu encontro — o homem respondeu com doçura. Agora vá, antes que eles te aprisionem aqui — continuou falando baixinho.

Logo as pessoas começaram a se aproximar agitadas, todas falando ao mesmo tempo. Chegaram muito perto e logo vieram os toques. Em seguida começaram os gritos. Uma menina de cabelos claros me tocou na epiderme, encantada com o conteúdo gelatinoso da mesogleia e gritou desesperadamente.

— Socorro! Ela me queimou.

Outras pessoas curiosas começaram a me tocar os cabelos e vários gritos foram surgindo, as pessoas não se afastavam, muito pelo contrário, me cercavam como abutres. O homem tentou me proteger, empurrando as pessoas, mas eram em grande número. Homens, mulheres e crianças todos estavam abismados comigo.

— Deixem-na em PAZ!! — gritou o homem me defendendo. Deixem ela ir para o mundo dela. Ela não pertence a esse mundo cheio de maldades — continuou esbravejando e me rodeando como um pai, abrindo os braços.

— Sou um biólogo e creio que essa é a maior descoberta feita pelo homem — um jovem rapaz se pronunciou no meio da gritaria. Precisamos capturá-la, precisamos mostrá-la ao mundo - continuou radiante.

As pessoas ao redor concordaram e falavam todas juntas, mesmo sobre a ameaça de queimaduras, muitas outras tentavam me tocar.

— Você vai estudar a sua avó seu desgraçado! - o homem se impôs mais uma vez com braveza e apontou o dedo indicador na cara do jovem. Sumam todos daqui! Deixem-na em paz — continuou em severa ameaça.

Sem nada sobre as mãos ele começou a me puxar pelos braços em direção ao oceano. Gritava a plenos pulmões de dor, eu queimava a pele humana implacavelmente.

— Me solte! Eu não quero machucá-lo! — gritei ao notar que bolhas terríveis brotavam em suas mãos. Deixe que eu sigo meu caminho.

As pessoas pararam de gritar e todas me observavam impressionadas.

— Eu vou voltar ao oceano, mas me prometa que contará toda a verdade sobre o meu passado...

— Sim, eu prometo! Vou ao seu encontro.

E então as ondas foram me ajudando a entrar em alto mar e logo eu estava a uma profundidade considerável, dei um mergulho e minhas brânquias deram graças a Deus. Voltei a superfície e vi o homem me olhando, um olhar puro, sincero...as outras pessoas acenavam e gritavam.

— Me aguarde no navio naufragado, não saia de lá, não é seguro. Eles vão te caçar — o homem gritou a distância.

Confiante nas palavras do homem incrivelmente especial, eu acenei e mergulhei. Em seguida eu estava totalmente recuperada e satisfeita. Nada podia exemplificar o quão feliz eu estava, e eu nunca pensei que um dia eu poderia, se quer, ter alguma perspectiva quanto a verdade. Eu nadei, nadei como nunca, admirando os corais e as incríveis criaturas do oceano. A água límpida fazia tudo claro aos olhos.
Eu sorria, eu girava e dançava sozinha enquanto cantava. Tudo em breve seria revelado, eu saberia de onde eu vim, e já não me sentia fatalmente só no mundo. Em meu lar — no navio naufragado — próximo a um profundo abismo, lá eu estava. Era mais escuro, porém não totalmente. Em meus aposentos eu estava mais uma vez, me perguntei qual seria o nome daquele homem e como eu pude me esquecer de perguntar a ele. Olhando no espelho eu não pude notar que já não era mais a mesma e o meu instinto natural me dizia que algo estava prestes a mudar no mundo..

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Perder é dificil, esquecer - pra mim - é impossível.


As vezes acho que eu preciso estar triste, para que eu crie algo que convença, que possa tocar a alma de alguém. Pra mim não é válido se eu não conseguir expor o que de fato existe por dentro. Quantas postagens eu abandonei...
De tempos eu tempos eu me calo, porque as vezes o silêncio, aliado ao tempo, é o melhor remédio. Diante dos últimos acontecimentos eu não me sinto frágil, quebradiço, não, eu não me sinto assim! Na verdade eu sinto que a cada dia de vida, eu preciso viver plenamente e com mais vontade.
A vida me fez forte, muito embora para muitos eu seja algo prestes a quebrar. Eu já vivi tantas histórias, já perdi tantas pessoas...eu ainda luto pelos meus sonhos, mas as vezes acho que falta um pouco mais de sangue, de garra. Eu me vejo perdido, porque uma parte de mim clama pela arte e a outra grita por independência financeira. O curso de Jogos Digitais está trancado e trancado também ficou o meu ano. O que me resta? Estudar pra concurso, é esse o rumo dos desesperados, não há outro meio.
Eu queria ter a sorte de crescer fazendo o que gosto, trabalhando com o que eu amo. Eu queria fazer da minha existência, algo que pudesse ser lembrado, que ajudasse alguém ou que estimulasse. Morrer sem deixar impressões no mundo, é sem sombra de dúvidas o meu maior medo.
Eu acredito na vida eterna, mas ela é uma promessa pro futuro. Todos nós um dia iremos dormir no silêncio. Essa noção que eu tenho da fragilidade humana, foi conquistada mediante perdas consecutivas. Eu já perdi muitas pessoas, pessoas próximas. Uma coisa é você ver as pessoas morrendo no mundo lá fora, outra coisa é quando as pessoas do SEU mundo começam a morrer. Nos tornam pequenos, frágeis ...
A Hellen é mais um parente que deixa o mundo dos vivos. A morte não é uma vontade de Deus, então por favor não me diga que Deus quis assim, porque eu sei que ele não quis. Não faço o tipo que declara o luto ou que faz escândalos. Eu sei o que sinto e dói intensamente, tanto que não há palavras que descrevam. As memórias ficam girando na minha cabeça, as perguntas e a saudade. Eu acho de vital importância que as pessoas sejam sempre lembradas.

OBS: A imagem da postagem, foi num dia mágico em que fui com a GG pra uma exposição do inacreditável artista, Vik Muniz. Sou mais fã ainda. Essa obra que consta na foto, é o Batismo do Monstro, simplesmente inspirador.

sábado, 23 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte 2





Após assistir três vezes no cinema a última empreitada do Harry Potter, me sinto de certa forma vazio. O que já era de se esperar. Eu cresci assitindo Harry Potter e me envolvo naquilo há muito tempo. Eu não aceito o último filme como um fim.
Eu assisti na pré-estréia, depois assisti 3 dias depois e por fim, agora, assisti nessa última sexta. Eu consumo Harry Potter compulsivamente e pra mim não é exatamente um fim, e eu certamente não vou deixar que acabe. São como as minhas lembranças aqui expostas, aliás, fãs de Harry Potter vão entender o que eu vou dizer agora: isso daqui e outras coisas espalhadas, são de fato a minha Penseira (risos altos).

Estão aí para descrever o que é a minha alma. Mas enfim, vamos pro filme.

O início já nos transporta para uma atmosfera extremamente tensa, assustadora eu diria. Os dementadores apostos em Hogwarts e toda aquele clima de ( Meu Deus...). Eu admirei muito o roteiro, essa foi a melhor adaptação.
Logo em seguida voltamos ao chalé das conchas, onde o Harry se encontra junto ao túmulo do Dobby, o Elfo livre. Sinceramente, a morte do Dobby me emocionou muito em as Relíquias da Morte parte 1, o ator que dá vida ao Dobby (eu não sei o nome dele), ele é O cara, choro com o Dobby, mas não choro com a atuação do Daniel Radcliffe. Sei lá, acho que ele tem muito o que aprender ainda.
Em falar em atuações, o Alan Rickman e a Helena Bonhan Carter (Severo Snape e Bellatrix Lestrange respectivamente) estavam incríveis. O Alan foi formidável, sem palavras para descrever o trabalho dele nesse filme. A Helena também sempre muito intensa, e o que ela fez com a Bellatrix foi formidável, interpretando a Hermione então, nem falo nada, GENIAL.
Meus personagens preferidos do Harry Potter são os loucos e cruéis. Luna Lovegood, ha a Luna! Assim como Neville Longbottom, também sou apaixonado por ela. Pena que não incluiram o duelo dela contra a Bellatrix.
Tiro o meu chapéu pro Mathew Lewis (o cara que faz o Nevile Longbottom), ele passou todo o heroísmo e coragem que o personagem demonstra nos livros, e é incrivel ver como ele cresce ao longo da saga. Neville e Luna são um dos meus favoritos e como atores são formidáveis. Uma personagem que eu não curto muito, talvez mais pela atuação mesmo, é a Gina Weasley, acho a Bonnie Wright muito fraquinha. Sério, de verdade! Ela não passa emoção, garra, paixão que a personagem demonstra ter.
Enfim, o que falar também da Minerva Mcgonagall? Caralho, desculpe o palavrão, o que não foi a atuação da Maggie Smith? Porra, a mulher me arrepiou com aqueles enormes olhos azuis e lacrimosos. Ela passa a dedicação da personagem, o amor pelos alunos, o amor pelo bem. A forma como ela fez o que pôde pra defender Hogwarts...meus olhos enchem de lágrimas, e não liguem, é coisa de um fã intenso demais (risos).
Emma Watson (Hermione Granger) fez o que pôde, e entre o trio, eu diria que ela foi a melhor nesse filme. Ela sempre teve destaque, sempre desvendando os mistérios e tals, mas nesse... admirei muito a fuga do banco Gringotes. Imagina subir encima de um dragão ucraniano? Brilhante! Aliás, que dragão em equipe de arte e computação gráfica? Que dragão! Um dia quero ser como vocês.
Rupert Grint (Rony Weasley), ele é muito bom, não dá pra ignorar o que ele fez pelo Rony, ele é O Rony de fato, acho que na verdade o diretor David Yates não deve ter exigido muito dele nesse filme. Penso que na despedida do Harry, o Rony deveria ter passado mais drama, ele ficou intacto, enquanto a Hermione fez o papel de chorona na cena.
Mas eu bato palmas pro David, pelo o que ele fez, ele tirou aqui e ali, mas a essência real do livro estava gritando. O filme me arrepia. O Daniel se perde naquele heroísmo, eu não vejo no ator algo grandioso como o Harry Potter dos livros. Talvez eu seja um Severo Snape, para não ver talento no Daniel, mas cara, não dá! Ele não me passa a emoção o bastante, acho que tem que ter entrega, garra, sangue, lágrimas nos olhos. Mas enfim, ele não é o pior de todos e eu não posso esperar dele o que eu espero do Elijah Wood (o Frodo do Senhor dos Anéis). O Elijah é o cara.
Ok Daniel Radcliffe, vou parar de te perseguir (risos), não é nada pessoal. Gostei da sua atuação de pai e você não é ruim assim, agora o prêmio de melhor ator? Você pode esquecer.
Eu não vou falar mais sobre Harry Potter nessa postagem. Eu acho que iria virar um capítulo. O mundo do Harry Potter é uma das minhas obscessões, sendo assim, irei falar mais vezes sobre. Não comentei sobre o Lord Voldmort e sobre o Ralph Fiennes que o interepreta, como pude? O Ralph é incrível, não dá pra esperar dele pouca coisa. Ele faz do Lord Voldemort um vilão inesquecível e um dos mais cruéis. O cara mata a troco de nada, e divide a alma em sete pedaços, quem fez isso? Ninguem. Ele é assustador e no filme ele consegue ser cômico também, com todo aquele egocentrismo: "Eu sou extraordinário".
Assistam o filme, sendo fan ou não, porque é de uma maestria, de uma beleza...é muito bom! E me sinto honrado de ter crescido absorto em fantasia, em mundos paralelos, e eu amo muito a J.K Rowling por ter criado algo tão encantador. Pra quem acha que é o fim, saiba que isso não é verdade. Temos aí o Pottermore, pra fazer a magia continuar e se imortalizar para todo o sempre, se bem que nem precisava, os livros e filmes já entraram para a história.

Nessa postagem ainda, eu gostaria de postar a indicação do Selo Blog POP, que a Stephanie do blog Ras-Cunhos me indicou. Muito obrigado pela indicação.



E indico esse Selo aos incríveis:

- Ras-Cunhos (reindicação)
- One Form of Expression
- Diário de um Lunático
- Onde as gotas de chuva, enquanto caem, contam uma história
- # A-Luna
- Meros Devaneios.

É isso aí, até mais.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Doente!


Eu descobri que sou doente. Doente! Sem quê e nem pra quê, desses que morrem de amor. Desses que choram lendo um livro e que abraçam o travesseiro por se sentirem fatalmente sozinhos. Eu descobri que sou doente, doente de saudade, doente por diversas calamidades. Simplesmente doente....
Descobri que meu peito arde por verdades que insistem em esconder a face. Descobri que estou perdido, me enrolando em palavras, tentando por tudo fazer sentido, mas eu já me perdi de novo.
Descobri que o meu tempo anda de charrete e que eu vou demorar milênios pra esquecer.
Descobri que sou sozinho e que sou tão pequenino quando sonho com você. Me sinto visivelmente doente quando me olho no espelho e não consigo me reconhecer. Me sinto doente por amar e amar; e sofrer e sofrer...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Oceans


"Não existiam luzes acessas, nas paredes era possível vislumbrar a forma dos monstros que infelizmente, pra ele, eram apenas sombras. Era mais uma noite olhando pro teto. Seu quarto excepcionalmente organizado estava intacto como sempre.
Mais um dia que fora aniquilado pelo tempo, e mais uma vez estava sozinho em seu mundo. Muitas perguntas girando em sua cabeça, muitas filosofias criando asas em sua fértil imaginação. E era assim que ocupava o tempo ocioso. Imaginando, criando e idealizando. Ele levantou de sua cama, acendeu as luzes e se dirigiu a seu laboratório de criação (uma mesa de estudos).
Haviam vários papéis, algumas ilustrações, vários livros, lápis, lapiseiras e canetas. Começou a escrever, palavras soltas no papel, sem nenhuma pretensão. E escrevendo contos e os ilustrando era uma forma de se comunicar com o mundo, e ele sentia enorme necessidade de o fazer diariamente.
Nas paredes haviam vários desenhos e pinturas..."

As vezes penso que o Medonho sou eu, sei lá, acho que ele tem MUITO de mim. É estranho criar um personagem e ver que ele é muito você. Aí você pára e pensa: "Ué, mas isso é uma projeção minha?"
Eu penso que é impossível pro artista não dar um pouco de si, tudo no final terá a sua cara. É bonito isso, vem da alma. OI PESSOAL. Estou de férias há uns 16 dias e só agora vim postar. Mas então, da minha vida nada a declarar, a faculdade de Jogos Digitais ficará noutro plano, não rolou. Voltarei um dia, isso me afeta bastante, mas meu destino está nas mãos de Deus. Meus sonhos são o que mantém vivo, forte, e um dia eu chegarei lá.

E então eu tenho gastado, tenho comprado, tenho jogado video-game, tenho ido ao cinema. Minhas férias foram assim, curtindo a paz. PAZ, como eu amo a paz. Por isso que um dia irei morar só, pra ter mais paz ainda.

Então pessoal, não vou falar muito não, a imagem lá encima é uma arte conceitual inspirada na deusa grega, cujo nome é Amy Lee. Oceans parece ser uma das novas canções que estou louco pra ouvir. O novo álbum do Evanescence está cogitado pra sair no dia 04/10.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Rock in Rio



Reaparecendo aqui depois de um tempinho fora. Durante esses dias minha vida se resumiu a estudos, estudos...eu pelo menos pensei que estava estudando. Sabe quando você estuda e parece que você não estudou o bastante. Eu sou um tipo que até gosta de estudar, mas nunca matemática. Meu cérebro não assimila os números.
De verdade, se você me perguntar quanto é um mais um, certamente eu não saberei te responder. (HUAHUAHAHUAHUAUHA). No mais o que eu tenho feito? Eu tenho desenhado, tenho trabalhado, tenho jogado video-game, coisas de sempre, fui ao cinema esses dias e assisti um filme horrível. A Menina da Capa Vermelha. Não percam o tempo e dinheiro de vocês.
Esses dias eu estava lembrando dos Tamagotchis, lembram? Aquele bichinho virtual, febre dos anos 90? Tive dias nostalgicos, lembram da TV CRUJ, eu amava aquele programa, de verdade. Enfim, a verdade agora é outra. tenho 21 anos de idade e tenho a obrigação de levar adiante e de conquistar coisas. Sim, porque a vida é baseada nisso, em conquistas, se você não conquista nada você é um fracassado. Meu maior medo é de não conseguir nada. Sou muito indeciso, eu me sinto como um cego em tiroteio. De verdade, a única certeza que tenho é que eu fui feito pra arte, nada mais.
Em falar nisso, vocês vão ao Rock in Rio? Eu vou, consegui comprar pro dia 25, enquanto era possível na internet. Depois da confirmação do Evanescence no dia 02, eu pensei em trocar. Mas perder Metallica, Coheed and Cambria, Slipknot e Motorhead? Acho meio insano. Os Evanescence eu já vi no Maquinaria Festival em 2009. Mas de qualquer forma vou perder System of a Down. Não queria perdê-los. E é por isso que estou participando de uma promo do www.rockinrio.com.br

Promoção Eu Fiz a Arte. Já acabou o prazo para a entrega das artes e cá estou para divulgá-la, se você tem facebook, vá correndo curtir minha imagem. Eu agradeço, não custa nada e eu sei que vocês vão curtir.



Nunca teve um? Você não teve infância.

Obs: arte de um tal de Sunnygraphics, achei no Deviantart.


Segue abaixo o link da minha arte para vocês curtirem:

EU FIZ A ARTE - Promo pro Rock in Rio.

Abaixo, segue uma versão mais pornográfica dessa arte, tive que fazer alterações por motivos óbvios.





domingo, 10 de abril de 2011

Nascer, viver, e no início de tudo, morrer.



"Eu acordei para mais um dia de aula, o sol já estava radiante lá fora. Levantei imediatamente da cama antes que a preguiça me devolvesse pro sono, e eu gostaria muito que isso tivesse ocorrido. Como de costume fui direto ao banho. Tirei meu pijama e entrei no box do chuveiro. A água morna me acordava aos poucos, eu fazia isso todo os dias, era como um ritual.
Após o banho eu penteava os meus cabelos e os prendia com muito capricho. Gostava de estar sempre bem arrumada. Após ajeitar meus cabelos escovava os meus dentes conforme a minha dentista sempre receitou: "movimentos circulares Larissa, de baixo pra cima, e não se esqueça de escovar bem a língua".
Após escovar meus dentes eu saí do banheiro envolvida na toalha e voltei pro meu quarto. Lá eu vesti a calça, em seguida a camiseta do uniforme da escola. Eu até tentei customizar a camiseta com vários botons, mas ainda assim eu torcia o nariz para aquela camiseta cinza e feia.
Eu fui até a penteadeira e passei um gloss de morango em meus lábios, peguei minha mochila jeans e fui até a cozinha. Já era 7:05 da manhã. Engoli um pedaço de bolo de fubá com leite e fui me despedir dos meus pais...

Tchau pai, tchau mãe, fiquem com Deus! falei abrindo a porta do quarto, bem devagarzinho.
Tchau querida, vai com Deus respondeu meu pai com voz de sono.
Larissa, tomou café da manhã? perguntou minha mãe se levantando da cama.
Sim mãe, o bolo de ontem respondi de imediato, antes que minha mãe pedisse pra eu comer uma banana.
Então tá. Boa aula filha, vá com Deus.
Amém.

Em seguida saí de casa, como eu queria ter ficado lá. Nem me despedi do meu lar, nem dei um beijo nos meus queridos pais. Eu segui pelo mesmo caminho, passando pelo comércio e em seguida pela praça, era um dia como qualquer outro. O sol estava radiante e era apenas mais um dia.
Cheguei à escola, cumprimentei o Seu Antônio, o porteiro, e me encontrei com as minhas amigas, a Bianca e a Vanessa. Estávamos conversando sobre o teste que teríamos amanhã, quando o sinal tocou, era 7:30 da manhã, aula dupla de português.
Me sentei como de costume na primeira carteira que ficava encostada na parede, Vanessa sentava sempre atrás de mim e a Bianca sentava sempre na outra coluna, na primeira carteira. Logo chegaram os demais alunos, Lucas, Pedro Augusto, Jonathan, Laura, Amanda...e enfim, todos se sentaram e conversavam naturalmente. Ríamos, conversávamos em alto e bom som como típicos adolescentes. Os meninos sempre infantis em demasia, jogavam papéis uns nos outros. Eu e minhas amigas falávamos do Rock in Rio empolgadas pela possibilidade de ver a Katy Perry ao vivo.

Porém no auge da euforia, fomos supreendidos...

Teste surpresa! Orações subordinadas adjetivas e adverbiais. Dois pontos, andem, guardem os materiais a professora Marta chegou na sala para infelicidade de todos.

Me endireitei na cadeira, guardei meus materias embaixo da carteira, olhei pra trás e revirei os olhos pra Vanessa, que bufou em resposta.
Era mais um teste da professora mais chata, difícil, longo e cheio de textos. Eu tentei me concentrar a todo custo, mas eu não conseguia responder a primeira questão. Algo me perturbava e eu não sabia o quê. Porém logo tudo viria à tona.
Faltavam apenas vinte minutos para as nove e eu ainda não estava na metade do teste. Apartir de agora o que eu irei descrever é algo que sinceramente não há palavras que descrevam, nada que possa exemplificar com total fidelidade. O que eu senti, o que eu vi e o que foi, são coisas surreais e não desejo a nenhum ser vivo.
Meu coração palpitava, minha mão suava e na sala tudo estava como sempre esteve. Marta pensando estar vigiando os alunos, os meninos do fundão colando na cara dura. De repente ouviu-se um estouro na sala vizinha e em seguida uma gritaria sem fim. Todos ficaram alarmados, segundos depois outro estouro e mais gritos. Marta levantou-se de imediato e eu me estiquei para ver o que acontecia.
Em pé no vão da porta se encontrava um homem vestido com calças sociais, uma camisa azul impecavelmente passada, uma bolsa pendurada em seu ombro e em sua mão direita uma arma, dessas pequenas e escuras. Então eu constatei que não eram estouros, eram TIROS. O homem deu mais disparos e os alunos começaram a sair em disparada pela porta. Foram uns 6 tiros na sala vizinha, muitos gritos e correria.
Os alunos da minha turma saíam em disparada pela porta, gritando e buscando a própria salvação, a professora Marta foi junto, desesperada, tropeçando em seus próprios pés. O assassino girou nos calcanhares e começou a disparar sobre o grupo de alunos que corriam pela porta da minha sala. Eu voltei pra sala, Bianca e Vanessa atrás de mim. Foram 4 disparos, e eu consegui ver o momento exato em que o assassino disparou na cabeça da professora Marta, que caiu com estrondo no chão. Um dos disparos atingiram o João Paulo no abdômen e outro acertou em cheio o pescoço de Ana Clara, eu vi pelo vidro da porta.
Eu não conseguia digerir aquelas imagens, minhas pernas tremiam, meu coração palpitava e os meus colegas de classe arrastavam carteiras em direção à porta. Eu não desprendia os olhos do vidro retangular e eu pude ver o assassino voltando à sala vizinha e disparando mais cinco vezes sobre alunos acuados sobre a parede. Ele mirava em suas cabeças, e eu vi ele mirando assustadoramente sobre a cabeça da Jéssica. Um grito e um disparo.
Na minha sala, estava uns 14 alunos, todos empurrando carteiras, mesas, tudo sobre a porta, e eu estava encima de uma carteira, olhando tudo muita atenta.

Sai daí Larrisa, você vai levar um tiro! gritou Bianca tentando se esconder atrás de uma carteira.

Eu estava em estado de choque, eu não conseguia fazer nada. Eu não piscava, eu não respirava. O assassino parou de atirar, recarregou a arma rapidamente e veio em direção a nossa sala. Foi aí que eu reagi e fui me juntar aos demais alunos no fundo da sala. O homem empurrou a porta, olhou sobre o vidro e nos viu no fundo da sala, deu um sorriso diabólico e forçou a porta. A medida que as carteiras iam se arrastando, os alunos gritavam. Bianca e Vanessa choravam desesperadamente e eu estava atônita, meus olhos saltando das órbitas.
O homem empurrou a porta a ponto de conseguir apontar a arma pela abertura. Foram 2 disparos e muita gritaria. Nós nos juntamos, alguns debaixo de carteiras, outros levantavam carteiras pra se proteger, e eu estava em pânico. Eu só queria que tudo aquilo fosse um sonho ruim. Não podia ser real. Eu tinha que estar sonhando...
O homem continuou forçando a porta quando o Félix e o Rodrigo tentaram arremessar uma cadeira sobre o homem. Uma cadeira chegou bem perto e outra levou um tiro ainda no ar. O homem continuou atirando loucamente sobre nós. As balas castigavam as paredes, assoalho, carteiras...

Uma bala acertou Maria Eduarda na bochecha, atravessando seu belo rosto. Outra bala perpassou a cabeça da Stella que tentou abaixar bem na hora, e mais uma bala atingiu o abdomên do Guilherme que gritava de desespero.
O homem conseguiu entrar na sala, estávamos sobre a parede, alguns agachados, outros em pé, todos gritando e chorando muito. Eu estava em prantos, meus olhos embaçados conseguiam distinguir uma figura demoníaca carregando a arma. Alguns alunos correram nesse momento em direção a porta. Fabíola, Rodrigo e o menor da sala, o João Pedro, escaparam enquanto o homem carregava o instrumento mais covarde que a humanidade inventou.

Pelo amor de Deus, não mata a gente gritou Henrique que se escondia debaixo da carteira - Pelo amor de Deus  — sua voz saindo em soluços.

Não há nada que explique a sensação de estar em uma situação como aquela. Estávamos todos juntos no fundo da sala. O homem não demonstrou comoção e apontou a arma para nós e recomeçou a chacina. Enquanto alguns eram atingidos, outros corriam em direção a porta. Eu via tudo em câmera lenta. Eu vi um tiro atingindo a Bianca enquanto corria para o lado oposto. Eu vi a Vanessa caindo após levar um tiro na perna. Minhas melhores amigas...
Havia sangue por todo lado, eu já não ouvia nada, eu via vultos, pessoas caindo, sangue pintando as paredes. Alguns eram abatidos correndo em direção às balas, outros enquanto rezavam. O homem recarregava arma e eu ouvia as balas zunindo, muitos caindo ao meu redor e eu em pé, lágrimas escorrendo em minha face e então eu senti uma sensação horrível, a convicção de estar prestes a morrer. Eu era a última vida inocente a ser dizimada.
Eu senti como se o meu corpo lutasse, eu senti cada parte do meu corpo reagindo, eu senti algo que nunca havia sentido nesses 13 anos de vida. Era a adrenalina dizendo que eu deveria fazer algo o mais rápido possível, mas só o que pude fazer , foi rezar com todas as minhas forças.

Meu Deus, me ajuda, por favor....me ajuda.

Eu vi o homem vindo em minha direção, lentamente, parava enquanto passava pelos corpos, mirava sobre as cabeças e atirava sem piedade. Eu continuei rezando baixinho.

Meu Deus me salva, por favor....POR FAVOR!

Em seguida eu ouvi um disparo, e não veio do monstro. Um policial havia atingido a perna do homem, que cambaleou. Eu estava olhando diretamente pra ele, em pé, intacta e assombrada. Quando eu vi em seus olhos uma maldade indescritível, eu senti medo, muito medo. E então eu vi tudo em câmera lenta de novo.
Eu ergui minhas mãos, para proteger o meu rosto. Outro disparo. O homem gritou. Eu continuei em pé com as mão erguidas na direção do meu rosto, quando uma bala atravessou minhas duas mãos e atingiu bem no meio da minha testa.
Eu ainda senti a dor, as minhas pupilas dilatando, e eu estava perdendo tudo o que eu fui. Eu sentia o fôlego de vida se esvaindo de dentro de mim. Eu consegui ainda me lembrar dos meus pais e do meu adorável lar. Eu tive a vida roubada e houve uma luta em minha mente, eu não queria morrer, eu não queria! Eu era tão jovem pra morrer. Eu só tinha treze anos...logo tudo começou a escurecer, e escurecer, e esc..."


O narrador sou eu agora. O último acontecimento, esse que assombra as mentes do Brasil inteiro, me foi inspiração pra essa postagem e é com muita dor e lágrimas nos olhos que eu imploro a Deus, para que todas aquelas crianças sejam lembradas no grande dia. Em um dia, todas elas voltarão. Porque ter a vida interrompida daquela forma, não é justo, não pode ser justo.

domingo, 20 de março de 2011

Eu sei...



Me deixe. Me Deixe. Me deixe como qualquer coisa. Me deixe.
Não chore. Não chore. Não chore se lembrar de mim. Não chore.
Não minta. Não minta. Não minta com palavras sujas. Não minta.

Não olhe. Não olhe. Não olhe fundo em meus olhos enfurecidos. Não olhe.
Não fale. Não fale. Não fale de mim levianamente. Não fale.
Não ofenda. Não ofenda. Não ofenda as minhas memórias. Não ofenda.

Não altere. Não altere. Não altere as minhas palavras. Não altere.
Me permita. Me permita. Me permita dizer a verdade. Me permita.
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo enlouquecidamente. Eu te amo.

Mas...

Eu sei. Eu sei. Eu sei que pra você eu já não existo. Eu sei...

Lily Allen



Andei ouvindo o som da Lilly Allen e eu gosto de boa parte das músicas. É engraçado, debochado....hehe.. e eu gosto disso.


Lily Allen no Planeta Terra Festival.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Abandono

Eu não sei dizer o que me torna assim. Eu não sei se eu posso culpar o meu passado. Eu não sei se brincar sozinho num berço é sinal de que há algo errado. Eu estive o tempo todo lá, em algum lugar que você nunca teve acesso.
Eu cresci imaginando reinos que pudessem ser diferentes, criaturas que não fossem humanas. A minha infância não podia ser errada, eu perdi as contas de quantas aventuras eu jurei ter vivenciado, quantas casas na árvore eu construí...
Toda aquela doçura e inocência, sem levar a sério a relidade que me cercava. Eram todos juntos enquanto a minha avó respirava, foi nos anos dois mil que eu comecei a ver o meu mundo se transformando em trevas.
E o meu quarto passou a ser o meu mundo onde eu passava horas a fio desenhando, criando e escrevendo. Era horrível estar em minha própria casa, eu preferia estar em qualquer lugar. Me lembro bem de quantas vezes eu dormi na casa de uma vizinha e antes de mais nada, uma grande amiga. A Jô.
Ela me acolhia bem e nos divertíamos, conversávamos...A Sabrina, filha da Jô, tinha um namorado e ele tinha ciúmes de mim, as vezes eu tinha que sair de lá, ele não podia me ver sozinho com a Sabrina dentro de casa.
Então pela manhã eu saía e ia pra qualquer lugar, menos pra casa, eu andava numa mata próxima, um bosque de mangueiras, eu subia nas árvores, colhia mangas, mordia elas e jogava fora e então eu passava alguns minutos nas árvores, sozinho...
Uma vez em casa, eu me dirigia diretamente pro meu quarto e lá eu permanecia por horas a fio, essa era minha rotina quando eu estava de férias. Aos poucos eu fui me debandeando pro lado triste da coisa, foi quando despertou em mim o interesse por coisas menos alegres. Eu via os meus personagens mudando gradativamente, eu deixei de desenhar heróis e heroínas, aos poucos eu só desenhava criaturas da noite e olhos tristes.
E alguém notava? Acho que não. A medida que a adolescência avançava e o meu lar se tornava mais hostil, eu notava que eu estava fadado a me trancar no meu próprio mundo. Um dia, o meu irmão teve a brilhante idéia de fugir de casa, sim, eu considero como uma fuga.
Minha avó, a minha guardiã, patrocionou a gente e então fomos eu e ele embora. E minha mãe? Ela decidiu ficar com o meu padastro e minha pequena irmã. Quando eu páro para refletir sobre, eu noto o quão abandonados nós fomos. O meu irmão nutre um enorme recentimento pela minha mãe, mas eu não.
Eu tento entendê-la, e evito ao máximo contar a verdade às pessoas. Eu apenas conto que saímos de casa porque eu não me dava bem com o meu padastro, mas essa era a verdade. Não aceito que as pessoas deleguem à minha mãe uma imagem nefasta. Eu tinha só 15 anos de idade. Hoje estou num outro quarto, mas é o meu mesmo mundo de seis anos atrás. Aqui estou a salvo e eu confesso que eu gostaria de ficar aqui quando as coisas ficarem difíceis.
Eu já rodei alguns lares e sei que tudo pode mudar da noite pro dia. Tudo tem um porquê, eu entendo o que faz de mim tão sensível ao que ninguém consegue ver. Eu vejo nos olhos, eu sinto no vento.
Essas palavras são muito preciosas, e estão expostas num mundo onde todos são livres pra entrar, sair e permanecer. Agora, eu tenho 21 anos de idade, sou um adulto e carrego nas costas os fantasmas daqueles anos que se passaram.
Eu sinto uma enorme falta, como se algo de muita valia me tivesse sido roubado. Eu sonho com o seu rosto de noite, eu sonho que você se vai, mesmo que eu grite o seu nome, você apenas vai. Mas quem é você? Por que você não se importa? Talvez exista algo errado em mim. Por favor, segure a minha mão...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mais um pouco.

Obsessão é aquela mania de perseguir algo, de viver por algo, de enlouquecer e morrer por algo. Eu sou uma pessoa obsessiva. Sim, acho que grande parte das pessoas são. Ano passado a minha obsessão era outra, nesse ano eu descobri uma grande obsessão, o Medonho, sim um personagem que eu criei. Na minha infância eu era obcecado por dinossauros.
Confesso que esse ano se mostra pra mim de uma forma bem diferente. Eu tranquei a faculdade de Jogos Diogitais, não por questões de aptidões, não, nada disso. Eu produzi dois jogos com meus amigos nerds, o Kimmya, e o Boarder Croowel.
No final o Boarder Croowel deu um bug tão violento que não abre mais no PC. Anyway, os meus pensamentos mudaram, eu evoluí um pouco, acho que a cada ano somos obrigados a evoluir.No mais eu ando muito interessado em novos mundos e novos temas.
Tenho estudo sobre temas como Projeção Astral, sobre o Suicídio (eu não quero me matar, eu apenas sou curioso), tenho pensado em escrever um livro, pensado não, eu VOU escrever um.
Não darei muitos detalhes sobre, eu apenas o acho divertido.
Escrever um livro não é simples como escrever um diário, requer muito talento, muita vontade e muitos estudos. Sério, eu pesquiso diariamente, procuro ler muito, antes de qualquer coisa um escritor é um ávido leitor. Eu sempre escrevi, desde criança, acho que antes de um designer, eu sempre fui um escritor.
Mas então, eu gostaria de citar pessoas nessa postagem, ano passado eu pude conhecer grandes pessoas, conheci o Ricardo (O Filósofo), a Débora (A Luz Vibrante), o Thiago (O Libriano), a Fabiana (A Animadora), o Fernando ( O Programador), a Vanessa (A Deusa Grega) o Diogo ( O Passifista), a Caroline (A Amendoim), a Roberta ( A Demás), eu gostei muito de tê-los conhecido.
Tudo me inspira ultimamente e eu fico feliz por conseguir desfocar a minha mente aos poucos. Recentemente eu li Quando Nietzsche Chorou, então dá pra ter uma noção da minha vibe nerd psicológica. UAHUHUAUAHA, definitivamente eu ando insuportavelmente culto. Eu pude absorver muito da minha última leitura, aliás eu recomendo.
Eu busco por coisas e pessoas que me acrescentem algo a mais. Eu valorizo os bons momentos, a boa arte. Eu penso em enfrentar a solidão sozinho, sem ter que me encostar em alguém, pois só assim eu estarei num patamar superior.

Segue abaixo algumas artes e um print do meu jogo

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