domingo, 6 de maio de 2012

E ele apenas queria viver em mundo diferente, um mundo fora da realidade física. Porque a limitação não lhe era uma grande companheira, o entardecer se tornou efandonho demais para ser vivido com alegria, os sorrisos não derpertavam simpatia e os seus próximos não o seguravam mais.

Decidiu abandonar para sempre a indiferença e o passado, ele apenas foi, não como quem deseja causar grandes transtornos, mas como quem deseja ir adiante, pois sabia que do outro lado do portal não existia o silêncio, muito pelo contrário. A Floresta das Sombras não era o melhor lugar do mundo para ser conhecido na Terra, mas era naquele lugar que a sua existência tomou forma e encontrou um sentido.

Porque apenas em casa e em Neffesturia eram dias e dias perdidos no tempo. E boa parte das pessoas não eram o suficientemente sensíveis para lhe tocar a alma, tampouco poderiam impedi-lo de voar para bem longe. Sophia Forbullesca foi em sua vida como uma luz vibrante e jamais foi esquecida. A amizade era tão forte que sobreviveu a morte física.

Na Floresta das Sombras ele encontrou não apenas um mundo obscuro, mas um motivo para existir de verdade. Foi ali que descobriu valores e aventuras inimagináveis. A sua jornada nunca teve a intenção de incentivar a morte, o suicídio, o choro e o remorso, por mais terrivel que possa parecer, MEDONHO apenas não pertencia ao mundo dos vivos em carne e almejava a própria libertação, algo que não tivesse limites e que fosse épico e grandioso.

As suas histórias não devem ser lidas por aqueles que buscam mais um motivo para atentar contra a própria existência, porque a minha arte não existe para esses fins. Isso deve estar bem claro. O MEDONHO jamais pode ser tido como um incentivo ao suícidio, é uma história como qualquer outra, mas cheia de significados e de sentimentos, que vão muito além de apenas uma aventura fantástica e sombria. E eu posso garantir que irei tocar seu coração, isso é, se deixá-lo aberto.