domingo, 21 de dezembro de 2014

TER QUE

A pior parte de ter passado 25 anos morando em diversas casas e com diversas pessoas é esse constante "ter que". Eu já morei com avós, tios, pai, mãe, irmão, prima e com o namorado dos outros. Talvez seja essa a minha sina por um longo período. Essa postagem não é bem uma crítica a nenhuma dessas pessoas com quem eu convivo de alguma maneira, mas sim uma forma de analisar em silêncio sobre as alternativas que me restam.

Antes de passar dias e dias lamentando e odiando o mundo que me cerca, prefiro tomar um banho bem quente e começar a filosofar sozinho enquanto a água e o vapor me fazem relaxar. Se de fato estou incomodado, por que então não começo a fazer algo para mudar? Se morar sozinho diz muito sobre o meu tão almejado sonho de liberdade, então o que eu tenho feito para mudar? Não adianta correr contra o tempo das coisas, mas planejamento é fundamental.

Morar sozinho seria para mim um grande feito. Se você viveu a vida inteira com sua mãe e seu pai, talvez seus irmãos, jamais irá entender o que eu sinto. Eu não tive raízes, nem vínculos, de casa em casa eu fui me adaptando e suportando cada dia um novo desafio, o mais árduo é o de ter que evitar confrontos, ouvir desaforos e questionamentos sobre a forma que você vive, mas simplesmente dar uma resposta suave. As pessoas não aceitam você como você é, eu teria que ser baladeiro, beberrão e mulherengo para não ouvir questionamentos sobre as minha decisões, como por exemplo passar o réveillon sozinho.

Não me importa se para você é triste, contanto que eu me sinta bem, triste para mim é estar acompanhado do amigo dos outros, do assunto dos outros, das histórias em que eu não participei e não tenho vínculo algum, prefiro sempre estar comigo mesmo a ter que fingir contentamento com pessoas que eu não tenho intimidade. Meus amigos, que são poucos, estão longe, não moram no mesmo lugar que eu, não foi combinado nada, então, se você não se importar, eu irei passar meu incrível réveillon comigo mesmo.

Se eu morasse sozinho eu não teria que conviver com esse bla bla bla, não teria que me importar. Vivo cada dia sonhando muito, talvez precise dar um pouco mais de mim, mais sangue, mais suor e lágrimas, tenho certeza que um dia tudo isso será lembrado com boas risadas. Recebendo meus amigos em casa, tendo um cachorro ou um gato, meu estúdio de criação, meu mundo, um lugar onde finalmente irei fixar minhas raízes e já não serei como antes, aquele que não pertence a lugar nenhum, um nômade.

sábado, 11 de outubro de 2014

25 anos

Eu não poderia deixar que esse dia passasse em branco aqui também. Eu deveria estar nesse exato momento digitando esse texto. São 25 anos e já faz tempo que passo por aqui, basta ir ali do lado em arquivos. Fico feliz pela vida que tenho, pela garra que tive para conquistar o que queria e feliz pelos poucos amigos que tenho, pelas pessoas que me abraçaram e me mandaram mensagens de texto, por todos que eu cativei nesses últimos anos e aqueles que venho cativando durante a vida.
Gosto das pessoas, quando digo que não gosto é drama, exagero! Gosto de pessoas sinceras, discretas e inteligentes, pessoas verdadeiras como eu. Hoje foi um misto de sentimentos. Foi um dia de risadas, de muitas trocas de presentes entre amigos do mesmo mês que eu. Assuntos diversos, livrarias, tecnologias, filme de terror e reflexões. Ali enquanto conversávamos vagava em pensamentos, voltando ao passado e de certa forma me perdendo entre as conversas. Não negativamente, mas em um bolo de lembranças, meu cérebro fica o tempo inteiro filosofando, pegando os fleches do passado.
Muito obrigado meu Deus por mais essa oportunidade de melhorar, de evoluir...obrigado pelo carinho que recebi de alguns amigos e familiares, obrigado pela minha vida, só preciso de foco, serenidade e mais dedicação, não que eu queira conquistar o mundo, nem quero mais, já não sou mais um adolescente (ainda bem), eu quero ser leve, quer saber? Eu só quero é ser feliz.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Olá passado, você de novo?

Talvez esse seja o lugar que mais possui a minha cara. Há muitos anos eu passo aqui. Para registrar alegrias, tristezas, pensamentos, muitas inquietações estão aqui. São tantas...eu geralmente venho aqui quando já estou cheio de sentimentos para serem descarregados. Faço isso sempre, pois é necessário.  Fora esse meio de extravasar a alma, existem outros que faço com frequência. Pintar, desenhar, criar...essa é a minha maior terapia. Já pensou sobre isso? Acho que a arte não cura, mas ela  te faz melhor. Falando assim parece que tenho a doença mais sinistra do mundo (risos), apenas acho que todos possuem fantasmas e inquietações nessa vida, super normal. Atualmente minha vida segue o seu curso, voltei pra faculdade e a meta é me livrar disso de uma vez por todas, faço inglês, uma vida normal para um jovem de 24 anos. Mas então, eu não vim aqui para falar de coisas tão normais (risos). Estou meio vagando em pensamentos e em espírito porque o passado me veio à tona, e é aqui que você percebe o quanto você é fraco. Meu irmão reencontrou parentes do meu pai e pode parecer uma grande bobagem, mas eu me senti mal, porque durante todo esse tempo eu apenas quis me distanciar "correr atrás de quem não me procura, para quê?". O fato é que não adianta, família sempre será parte da sua história e lembranças, independente se você gosta deles ou não. Me maltrata porque no fundo eu não gostaria que fosse assim, mas também não tenho um pingo de garra para tentar reconstruir o que não foi construído. Meu pai deveria ter cativado, sou eu o responsável por procurar, corre atrás, implorar? Deveria eu ficar forçando a barra? Não, eu não deveria e nem vou mesmo sentindo esse nó na garganta, porque há SIM coisas nessa vida que são irreparáveis. Amor é dia a dia, é carinho, é um elo. Quando você perde esse vínculo, com que cara você encara uma legião de parentes? Eu confesso que ver fotos dos meus irmãozinhos me tocou bastante o coração, porque afinal sou um ser humano. O mais engraçado é perceber que se parecem comigo quando era criança. É esquisito. Eu desejo sim a todos os meus parentes, a minha tia Fabíola, ao meu pai, aos meus irmãos, o melhor, porque não há mágoas da minha parte. Eu apenas não tenho cara para aparecer. Sou a favor da espontaneidade, do acaso, do improvável, da descoberta, do reencontro natural. Enfim, é isso que temos para hoje. 




domingo, 20 de julho de 2014

Eu gostaria de ser um anjo no momento em que aquele avião sobrevoava a Croácia.
Apenas.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Saboreio a cada dia um gosto amargo, de quem quer muito conseguir, mas que não está conseguindo...
Todos os dias na esperança de que as cabeçadas da vida me façam maior do que tudo isso, mais maduro, mais consciente das minhas atitudes e reações.
O gosto amargo jamais será motivo para que eu desista dos meus sonhos, dos meus ideais, dos meus princípios...quando esse tsunamy passar, eu tenho certeza que eu serei um ser humano melhor.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

U137 - Watching The Storm





Boa música para devanear, viajar, velejar nos mais fantásticos pensamentos. Eu não quero pensar em nada negativo, me deixe ir com as ondas sonoras. Mente e alma conectadas...me deixe ir...com as fantasias que eu criei na minha cabeça, com meus personagens, com os meus mundos, únicos, só meus. Eu fecho os meus olhos, eu já não me lembro mais da inquietação, do incômodo, dos fantasmas do passado e do dia a dia.

U137 - The Poet

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Eu gostaria muito de ter uma nova oportunidade, de começar do zero.
Um novo lugar de trabalho, com novas pessoas, novas atividades. Eu comecei errado? Eu penso que sim, mas talvez seja necessário tudo isso, nós somos pequenos demais para ter conhecimento sobre tudo o que está por trás da vida.
Em cada etapa eu observo que tudo se encaixa, lá na frente muita coisa é esclarecida, parece que tudo o que passamos e vivemos tem um porquê de ser. Estou passando por maus bocados...não estou feliz...porém isso jamais será o suficiente para que eu desista e viva uma vida de lamúrias que não cessam.
Eu ei de passar por essa tempestade.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Do que eu sinto falta?

Eu sinto falta das pessoas que a arte do desencontro levou para longe de mim. Há pessoas que apenas vão embora, mas estão vivas! A vida tem disso, te leva para rumos inimagináveis. Sinto falta da minha bisavó Marieta, ela está viva, talvez nunca saiba dessas palavras, certamente não irá saber, muito embora eu deseje muito que saiba.
Eu sinto falta de pessoas malucas, gente doida! Gente como eu. Eu tenho vontade de estar entre os artistas, pois sei que a minha arte seria entendida, absorvida de uma maneira menos superficial. "Nossa, muito sombrio, muito triste, muito...". Sinto falta de gente que vê algo além.
A infância faz falta, alguns amigos, a inocência...o abraço apertado faz falta, muita falta. O sorriso, o assunto. As casas na árvore...Oh, as casas na árvore!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Clarice


Clarice

As minhas poesias são sobre a minha vida, sobre quem eu era antes de estar aqui, sobre a saudade dos meus pais, dos meus amigos. Aqui é tudo tão estranho...sabe?! Eu já nem sei quem eu sou de fato. Eu me habituei a fugir quando as árvores dizem que é hora de correr, aprendi a vagar pelo mundo. Esse lugar é tão grande! Eu gosto de escrever...você já deve ter notado (risos). Escrevo porque a minha alma precisa de uma explicação para tudo isso. Aonde nós estamos Medonho?

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Falta

É um pouco de tudo...é um nó na garganta.
É um buraco sem tampa.
É a falta de cor.

É o não se encontrar em nenhum ambiente.
É o estar descontente.
É excesso de dor.

É o estar tão sozinho.
É o estranho no ninho.
É a falta de amor.

domingo, 19 de janeiro de 2014

E aonde está a felicidade?

E aonde se escondeu a alegria, o bem estar, o contentamento?
Não sei, se escondeu. Descontentamento com algo é sempre o ponto de partida para toda sorte de insatisfações, e não adianta, todo ser humano vai passar por momentos recheados de profundas inquietações infelizes.

Não gostar de algum ambiente ou pessoa é algo que me faz mal, sim, me faz mal. Tudo o que eu menos quis para mim é ser infeliz por algo ou alguma coisa. Mas eu sei que nada na vida são flores, existem momentos e fases da vida que te servem para te fazer crescer (ok, mas que esse período passe logo).

Existem outros mundos para desbravar, novas pessoas para conhecer e outras para simplesmente esquecer. To precisando mudar, eu tenho prazo de validade, já to vencido. Preciso mudar de setor, preciso bater asas e voar, é como eu sempre digo, eu optei por ser feliz, apenas. Então Infelicidade, se você puder ir embora, eu agradeço!


Mônica - Laços (resenha)



Presente de natal incrível, bem natalino! (risos).

Mônica - Laços, é sem sombra de dúvidas um grande feito. O desenho é extremamente delicado e caprichado, é de encher os olhos. A história é simples e bem infantil, mas não deixa de encantar adultos, pois remete aos tempos remotos da infância perdida.

Cebolinha é o personagem central, e junto com a sua turminha vai em busca de aventuras em prol de um resgate. É uma HQ que todo mundo deve ter na sua estante.

De volta à infância querida

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Resenha - O Nome do Vento

O que mais me impressionou em O Nome do Vento é a sensibilidade, a narrativa poética e sem sombra de dúvidas, os inúmeros dramas que permeiam a vida do Kvothe. A narrativa vai esmiuçando partes da história do protagonista aos poucos, começando pela vida simples e artística, onde viaja com uma espécie de circo itinerante que sai pelas cidades em busca de público, de um espaço para cantarem, interpretarem músicas antigas e peças famosas.

O pai e mãe do glorioso rapaz são extremamente talentosos, e pelo visto passaram o talento para o filho, que interpreta muito bem, assim como também demonstra uma aptidão nata com o alaúde. Quando ele toca o mundo inteiro se põe a chorar, de tão triste e belo, o som do alaúde aliado a sua voz de barítono, produzem efeitos arrebatadores aos ouvidos.

A história do livro possui uma mitologia impecável e os antagonistas são assustadores em um nível que fascina, chamam-se O Chandriano. Eis que então chegamos ao dilema do protagonista: descobrir detalhes sobre essas criaturas para que possa ter uma resposta sobre acontecimentos que marcaram a sua vida. No início nem cogita muito mais do que descobrir a verdade sofre os fatos, mas no fundo há sim o interesse de confronto.

Após uma tragédia, Kvothe segue sua árdua jornada em busca de respostas e todo o livro vai girar em torno desse conflito. Leia para saber o que diabos ele tanto quer saber e o porquê. Eu aconselho esse livro a todas os leitores ávidos por fantasia, por mundos novos e por criaturas nunca antes vistas.

Um ótimo livro, uma ótima leitura.