quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Olá passado, você de novo?

Talvez esse seja o lugar que mais possui a minha cara. Há muitos anos eu passo aqui. Para registrar alegrias, tristezas, pensamentos, muitas inquietações estão aqui. São tantas...eu geralmente venho aqui quando já estou cheio de sentimentos para serem descarregados. Faço isso sempre, pois é necessário.  Fora esse meio de extravasar a alma, existem outros que faço com frequência. Pintar, desenhar, criar...essa é a minha maior terapia. Já pensou sobre isso? Acho que a arte não cura, mas ela  te faz melhor. Falando assim parece que tenho a doença mais sinistra do mundo (risos), apenas acho que todos possuem fantasmas e inquietações nessa vida, super normal. Atualmente minha vida segue o seu curso, voltei pra faculdade e a meta é me livrar disso de uma vez por todas, faço inglês, uma vida normal para um jovem de 24 anos. Mas então, eu não vim aqui para falar de coisas tão normais (risos). Estou meio vagando em pensamentos e em espírito porque o passado me veio à tona, e é aqui que você percebe o quanto você é fraco. Meu irmão reencontrou parentes do meu pai e pode parecer uma grande bobagem, mas eu me senti mal, porque durante todo esse tempo eu apenas quis me distanciar "correr atrás de quem não me procura, para quê?". O fato é que não adianta, família sempre será parte da sua história e lembranças, independente se você gosta deles ou não. Me maltrata porque no fundo eu não gostaria que fosse assim, mas também não tenho um pingo de garra para tentar reconstruir o que não foi construído. Meu pai deveria ter cativado, sou eu o responsável por procurar, corre atrás, implorar? Deveria eu ficar forçando a barra? Não, eu não deveria e nem vou mesmo sentindo esse nó na garganta, porque há SIM coisas nessa vida que são irreparáveis. Amor é dia a dia, é carinho, é um elo. Quando você perde esse vínculo, com que cara você encara uma legião de parentes? Eu confesso que ver fotos dos meus irmãozinhos me tocou bastante o coração, porque afinal sou um ser humano. O mais engraçado é perceber que se parecem comigo quando era criança. É esquisito. Eu desejo sim a todos os meus parentes, a minha tia Fabíola, ao meu pai, aos meus irmãos, o melhor, porque não há mágoas da minha parte. Eu apenas não tenho cara para aparecer. Sou a favor da espontaneidade, do acaso, do improvável, da descoberta, do reencontro natural. Enfim, é isso que temos para hoje. 




Um comentário:

Stephanie C. de Mello disse...

Oi Lorde, tudo bom
Sei bem o que sente, porque tenho problemas com meu pai.
Familiares s'ao complicados. =(